Se você é fã de animações cheias de aventura e personagens cativantes, provavelmente já conhece o filme Meu Malvado Favorito. Desde seu lançamento em 2010, o filme dirigido por Pierre Coffin e Chris Renaud se tornou um sucesso de bilheteria e conquistou uma legião de fãs. Mas qual é o segredo por trás desse sucesso? Por que um filme protagonizado por vilões é tão adorado pelo público?

A resposta pode estar nos personagens criados pelos roteiristas do filme. Em Meu Malvado Favorito, acompanhamos a história de Gru, um vilão que sonha em ser o maior do mundo. Para atingir seu objetivo, ele planeja roubar a Lua, mas acaba se envolvendo com três adoráveis meninas órfãs, Margo, Edith e Agnes. Ao longo do filme, Gru descobre que a paternidade pode ser algo muito mais importante do que qualquer conquista no mundo do crime.

Além de Gru e das meninas, o filme apresenta outros personagens inesquecíveis, como os pequenos Minions – que se tornaram tão populares que ganharam sua própria franquia de filmes – e o vilão Vector, um jovem e habilidoso ladrão que cruza o caminho de Gru.

Mas será que os vilões merecem mesmo um lugar especial em nossas vidas? De acordo com algumas teorias psicológicas, a resposta é sim. O psicólogo social Serge Moscovici propôs a ideia da minorias ativas, que seriam grupos que, mesmo não sendo maioria na sociedade, têm grande influência sobre ela. Os vilões podem ser vistos como minorias ativas dentro das histórias – antagonistas que, mesmo tendo menos tempo de tela do que os protagonistas, exercem uma grande influência sobre o curso da narrativa.

Além disso, as histórias que apresentam vilões complexos e interessantes podem nos fazer questionar o bem e o mal de maneira mais profunda. Desde a Antiguidade, a literatura e a arte já exploravam esses temas – é só lembrar da figura de Lucifer, a personificação do mal na Bíblia, ou dos heróis trágicos de Shakespeare, como Macbeth e Ricardo III. Em Meu Malvado Favorito, Gru é um antagonista que passa por uma jornada de redenção e aprendizado, o que torna sua história ainda mais cativante.

Por fim, é inegável que as animações têm um apelo universal e atemporal. Ainda que Meu Malvado Favorito tenha mais de dez anos de idade, sua mensagem sobre a importância da família e do amor ainda é relevante e emocionante. Além disso, o humor presente no filme é capaz de agradar desde as crianças mais jovens aos adultos que cresceram assistindo às animações da Pixar e da Disney.

Com personagens encantadores, uma trama cheia de reviravoltas e um tom divertido e emocionante, Meu Malvado Favorito é um filme que merece ser revisitado (ou descoberto, caso você ainda não tenha assistido!). E quem sabe, talvez você também se apaixone pelos vilões – afinal, nem sempre as histórias são tão simples quanto parecem à primeira vista.